O Rio reencontra sua própria história. No domingo, dia 1º de julho, foram entregues as obras da primeira etapa do projeto Porto Maravilha, que revitalizou 24 vias, sendo oito na parte baixa dos bairros da Saúde e Gamboa e 16 no Morro da Conceição, contemplando uma área de 350 mil metros quadrados.
Região de importância histórica vital para a cidade, a Zona Portuária foi um dos principais portos de entrada de negros no Brasil, no período da escravatura. E as obras do Porto Maravilha na região foram fundamentais para o resgate deste momento da história quando, em meio às escavações para as obras de requalificação da área foi descoberto o Cais do Valongo, por onde entraram, segundo historiadores, mais de 500 mil africanos escravizados.
Mais tarde, o Cais do Valongo deu lugar ao Cais da Imperatriz onde desembarcou, no dia 4 de setembro de 1843, a princesa da casa reinante de Nápoles, Thereza Cristina de Bourbon, que vinha para se casar com o imperador D. Pedro II. O Cais foi descoberto em 2011 e, como consequência, o projeto original do Porto Maravilha foi modificado e todas as redes de infraestrutura e drenagem foram adaptadas para que o sítio arqueológico fosse preservado e, mais do que isso, mostrado a cariocas e turistas do mundo inteiro.
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