A prefeitura
do Rio de Janeiro iniciou nesta quarta-feira (4) as obras da Transolímpica, via
expressa que vai reduzir para 50 minutos o tempo de ligação entre os bairros
Recreio dos Bandeirantes e Deodoro, ambos na zona oeste da capital fluminense.
Atualmente o percurso é feito em quase duas horas. Serão oito bairros
integrados com o novo corredor do BRT (bus rapid transit), que terá 23
quilômetros de extensão. Cerca de 400 mil pessoas serão beneficiadas e a
previsão é que 55 mil veículos passem por dia pela via.
A
Transolímpica vai fazer a ligação das principais instalações que receberão os
Jogos Olímpicos de 2016, como a Vila dos Atletas e o Parque Olímpico. De acordo
com a prefeitura todo investimento vai custar R$ 1,55 bilhão e o financiamento
será feito por meio de uma parceria com a iniciativa privada, que terá direito
de exploração do corredor por 35 anos com a cobrança de pedágio, que será o
mesmo cobrado na Linha Amarela. O término das obras está previsto para 2015.
Para a
construção da via expressa, a prefeitura vai desapropriar vários imóveis nos
bairros de Jacarepaguá, Jardim Sulacap e Magalhães Bastos. Inconformados com
uma possível desapropriação moradores de uma vila de casas que fica em frente
ao canteiros de obras da Transolímpica fizeram manifestação com o objetivo de
chamar a atenção do prefeito do Rio. Eduardo Paes tentou tranquilizá-los,
afirmando que nenhuma casa será derrubada para a construção do viaduto que vai
passar na região.
“A gente
sempre tenta evitar atingir a residência das pessoas. O lugar onde as pessoas
moram é sempre um local de apreço. Nesse lado da Transolímpica não atingiremos
nenhuma casa”, garantiu.
O novo
corredor terá 18 estações de BRT, dois terminais de ônibus e vai servir ainda
de via expressa para outros veículos. Está previsto também a construção de um
túnel com duas galerias, cada uma com quase 2 quilômetros de extensão.
O BRT é um
sistema em que ônibus articulados ou biarticulados circulam em pista exclusiva
e fazem paradas em estações próprias, únicos locais onde os passageiros
embarcam, desembarcam e pagam as passagens. Os veículos têm painéis
eletrônicos, ar-condicionado e sistema de som. Trata-se de um sistema de
transporte coletivo de média capacidade já adotado em cidades brasileiras como
Curitiba (que foi a primeira a implantar o sistema em 1979), Goiânia, São Paulo
e Rio de Janeiro.
Fone: Agência
Brasil
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